Recorte de jornal
Recortei este texto do Jornal de Notícias - crónicas do Paulo Coelho - faz já algum tempo.
" Uma rosa sonhava dia e noite com a companhia das abelhas, mas nenhuma vinha pousar em suas pétalas.
A flor, entretanto, continuava a sonhar: durante longas noites, imaginava um céu onde voavam muitas abelhas, que vinham carinhosamente beijá-la.
Desta maneira, conseguia resistir até ao próximo dia, quando tornava a se abrir com a luz do sol.
Certa noite, conhecendo a solidão da rosa a Lua perguntou:
- Você não está cansada de esperar?
- Talvez mas preciso continuar lutando.
- Porquê?
- Porque, se eu não me abrir, eu murcho.
Nos momentos onde a solidão parece esmagar toda a beleza, a única maneira de resistir é continuarmos abertos.”
A flor, entretanto, continuava a sonhar: durante longas noites, imaginava um céu onde voavam muitas abelhas, que vinham carinhosamente beijá-la.
Desta maneira, conseguia resistir até ao próximo dia, quando tornava a se abrir com a luz do sol.
Certa noite, conhecendo a solidão da rosa a Lua perguntou:
- Você não está cansada de esperar?
- Talvez mas preciso continuar lutando.
- Porquê?
- Porque, se eu não me abrir, eu murcho.
Nos momentos onde a solidão parece esmagar toda a beleza, a única maneira de resistir é continuarmos abertos.”
Sim, já me senti como esta flor à espera de uma abelha. De um príncipe encantado, de um milagre, de uma solução exterior a mim... que resolvesse o meu mal estar... sem ter que ser eu a quebrar correntes e ligações.
Como se a "cura" do meu mal estar pudesse ser resolvida por alguém ou algo exterior ao meu próprio ser... é certo que as ajudas externas nos despertam, nos abalam e nos fazem perceber que há sempre algo que podemos fazer, que devemos fazer, que temos que fazer... mas temos que ser nós a assumir a responsabilidade e o querer... e não esperar eternamente por uma solução, que pode tardar...
Agora vou tentar recriar-me, reconstruir-me devagar, devagarinho...
Como diria o meu Amigo " Viva a Vida"