Interstícios

"A traição de ti próprio para não traí­res outrem não deixa de ser uma traição. É a maxima traição."
dos livros "Conversas com Deus"
de Neale Walsch

sábado, agosto 19, 2006

Etiquetas...

Fui etiquetada.
Pelo Luís Carlos, do blog Espiritualidades... supostamente se colocassem o rato no link deveriam ir parar ao blog do dito Sr. Mas a minha relação com máquinas, apesar de cordial é distante, lá se foi a perfeição...Portanto se o quiserem visitar procurem-no nos comentários que ele anda por lá...
Bem, voltando ao princípio, fui etiquetada e isto fez-me pensar.
Não é a primeira vez, ao longo da minha vida fui sendo etiquetada, foram-me colocando rótulos que, de alguma forma, foram moldando a minha maneira de agir, pensar e sentir.
As pessoas que me rodeiam foram colando no meu Ser legendas, daquilo que esperam de mim... boa filha, boa esposa, boa companheira, boa estudante, boa profissional e assim Eu fui crescendo... agora pergunto serei mesmo assim... ou este rótulos “forçaram-Me” a ser assim... serei mesmo essa boa pessoa que os outros vêem em mim... e Eu quererei ser essa pessoa que os outros acreditam que Eu Sou...E onde fico Eu no meio disto tudo... Perguntas!!! Eu sei sempre fiz muitas... Falta-me encontrar/procurar as respostas...
Porque partilho isto convosco?
Porque vocês amigos, sem rosto, conhecem-me melhor que muitos daqueles que me colocaram os ditos rótulos. Sabem que por vezes me sinto pequenina, confusa, com medo, e que procuro sem cessar algo que me faça sentir realmente viva...que me faça sentir a vida a pulsar cá dentro. Não me julgam e sinto que não se irão desiludir comigo... esta troca sem esperar nada é fantástica...tenho aprendido convosco a receber.
Isto conduz-me a outra pergunta que me tem assaltado a Alma nos últimos dias. Como é possível sentir confiança, ternura, carinho, amizade, saudade por quem “apenas” se conhece as palavras, os sentires soltos expostos no que se lê...os mimos partilhados nos comentários.
Será possível sentir sentimentos tão puros, delicados, intensos por quem “apenas” se conversa, assim longe, sem olhar nos olhos, sem sentir o cheiro, sem tocar?
Agradecia que me respondessem, se quiserem... não espero nada em troca... saber que posso ser Eu, apenas EU, sem medo já é muito bom...

Agora, Etiquetas, só quero estas.

1- Frágil- transportar com cuidado, sempre com a cabeça virada para os sonhos.
2- Lavar à mão, a baixas temperaturas e com muito mimo.
3- Não passar a ferro, deixar ao natural.
4- 100% natural.
5- Este produto não engorda, não maltrata, e faz bem à saúde.
6- Possível de misturar com outros produtos idênticos.

Agora vou de férias, com a certeza que não voltarei igual... até ao meu regresso AMIGOS

sábado, agosto 12, 2006

Cúmplices

Procuro.
Caminhos que me levem a ti,
Que me afastem dos medos que trago soltos.
Navego,
Perdida por entre sonhos,
Vontades por desvendar.
Procuro a ilusão
De sentir a verdade,
O sabor dos teus beijos,
O calor do teu corpo
A segurança dos teus abraços.
Sou pequenina caibo na palma da tua mão.
Finalmente posso adormecer em segurança...
Encontrei-te, não procuro mais, fico assim pousada no teu peito...abrigada na tua Alma.



(Obrigada pela Lua)

Cúmplices

A noite vem às vezes tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
E tudo o que era fundo fica perto

Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
E tantas vezes o que resta do calor

Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

Trocamos as palavras mais escondidas
Que só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida ou talvez só até o amanhecer

Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
O olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto

Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho.

Cúmplices – Mafalda Veiga

terça-feira, agosto 08, 2006

Adoro

Decidi fechar o meu caderninho da tristeza...nunca fui de carpir mágoas e de lamentar, sempre disse que para a frente se faz o caminho...e a vida é tão linda, tem tanto que me faz sentir viva...

Adoro o cheiro da terra molhada depois das primeiras chuvas no fim do Verão.

Cantar enquanto conduzo, e se for em direcção ao pôr- do- sol... melhor ainda!!!

E da Lua, ver o luar reflectido no mar enquanto molho os pés... que sensação!!!

Caminhar no jardim, no Outono, e brincar com a folhas que caem...tão bom...

Sorrir, principalmente, quando vou no meio da rua e cruzo olhares com quem passa!

Adoro dar gargalhadas daquelas que fazem doer a barriga!

Adoro começar a ler revistas e jornais de trás para a frente.

E da chuva molha tolos? A cair devagarinho e a refrescar a Alma... bem que delicia...

Comer gelados de Inverno quando toda a gente anda de cachecol, sabe tão bem...

Adoro um abraço de saudade que tem que durar por vários meses, semanas e dias de distancia...

Finais felizes, adoro!!!

Ficar com a cama só para mim...que maravilha!!!

Adoro sublinhar os meus livros, encontrar aquela frase que diz tudo e parece que foi escrita para mim!!!

O sabor do café... que fica assim na boca um bom tempo depois de o beber...

Adoro dançar, rodopiar até eu e a música sermos uma só... senti-la entrar por todos os poros da minha pele e agitar cada pedaço do meu corpo...

A pele molhada depois do banho, que bom!!

Sonhar de olhos bem esbugalhados, para não perder pitada do que vejo... é demais!!!


Agradecida por me lembrarem, agradecida por me lembrares....

Um Xi grande para todos, para ti um especial...

sexta-feira, agosto 04, 2006

Resposta ao desafio do Luís Carlos

Luís Carlos aqui está a resposta ao desafio

Emprego e muitos trabalhos:

Sou Educadora Social. Actualmente, sou responsável pelo ATL de um Cooperativa de Habitação e desenvolvo um projecto para a construção de um equipamento social de apoio a toda a comunidade. Várias valências para diferentes faixas etárias... Adoro o que faço, o contacto com os miúdos é do melhor. Aqui sim, sei quem sou e do que sou capaz...
Antes de trabalhar em Ovar, trabalhei também num ATL, numa vila de Oliveira de Azeméis foi um local de muita aprendizagem, mas quando aceitei o desafio de mudar para Ovar não fiquei com saudades.
Quanto aos trabalhos. Desde os meus 10 anos que os meus pais têm negocio próprio e como boa menina que sou ajudo-os desde essa altura. Começou com um mini-mercado, passou por uma casa de petiscos e agora é um restaurante, grande local de aprendizagem para o desenrasque.

Filmes

Confesso choro baba e ranho com comédias românticas. Mas gravados ficaram Sensibilidade e Bom Senso, Adeus Pai e visto e revisto o Dança Comigo.

Televisão

Vejo muito pouca mas sempre que não consigo dormir gosto das series policiais, do Serviço de Urgência, Dr. House e documentários sobre factos históricos.

Livros

Isabel Allende venham eles.

Joanne Harris já li quase todos, mas o primeiro que li dela foi A Praia Roubada.

Paulo Coelho na hora certa foram surgindo mas Brida foi ficando.

“Não te preocupes em explicar emoções. Vive tudo intensamente e guarda o que sentiste como uma dádiva de Deus. Se achas que não vais conseguir aguentar um mundo onde viver é mais importante do que compreender, então desiste da magia.”

Karla Suáres -
A Viajante

Anita Shreve – A Praia do Destino

Lugares onde vivi

Nasci em Paris e vivi lá até os 8 anos – paizinhos emigrantes.
Anta em Espinho onde vivi um ano com a minha avó materna onde fui menina.
Porto durante 8 anos.
Grijó em Vila Nova de Gaia, onde apenas dormia. Continuei a estudar no Porto até completar a Licenciatura.
Agora, Guetim em Espinho onde apenas durmo...Trabalho em Ovar mas o carro leva-me sempre.

Alguns lugares onde já estive

Tantos, mas quero ver mais lugares, sítios e pessoas

Comida

Perco-me por um bom prato de bacalhau, menos aquele cru desfiado....

Musicas favoritas

Quem nasce selvagem não é de ninguém dos Resistências , já não a ouvia a anos e esta semana ouvi-a 2 vezes.
Tudo o que te Dou de Pedro Abrunhosa.
O Meu Abrigo de Mafalda Veiga

“ Olha pra mim
Hoje não há batalhas
Hoje não há tristeza
Deixa sair o sol.”


Lugares onde queria estar neste momento

Eu por mim seria nómada, sempre a partir e a chegar.


Aceitei o desafio e passo-o a todos aqueles que quiserem, estejam à vontade e digam-me que eu vou lá espreitar.

“- Não existe outra maneira de estar perto das pessoas senão sendo uma delas.”

Brida – Paulo Coelho














terça-feira, agosto 01, 2006

Dei...

Dei-te a minha Vida.
Sem saber o que é a Vida, sem conhecer os seus caminhos, os seus cheiros e desvios.
Dei-te a minha Vida,
Sem nunca ter vivido plenamente.
Dei-te a minha vida
Sem nunca me ter misturado com outras Vidas
E agora?!
Tarde?!
Quero viver tudo o que ela tem sem preconceitos, sem culpas e sem mágoas.
Dei-te a minha Vida,
Sem conhecer o que é viver loucamente, sem sentir o pulsar da Vida em cada recanto. O seu vibrar em cada pedaço da minha Alma.
Dei a minha Vida a quem muito pouco quer e sabe da Vida...
Dei a minha Vida.
E agora?!
Que a sinto pulsar, a sinto vibrar em cada fragmento de mim, em cada esconderijo do meu Eu.
Dei a minha vida...
Mas agora quero tanto resgata-la, pinta-la de cor diferente, dar-lhe odores que ela não tem, perde-la, acha-la em cada espaço vazio que transporto...
Dei a minha Vida...
Mas eu quero a tanto de volta, quero a tanto, toma-la nas minhas mãos... e carinhosamente deixa-la ir...abrindo as mãos, oferecendo-a ...a minha Alma.
Dei a minha vida.
Mas agora vou busca-la, vou persegui-la até a possuir...até sem saber...sem perceber...serei eu e ela.
Num dialogo profundo, numa partilha numa comunhão de quereres, vontades.
Eu e a Vida...



Porquê não me chega o amor mansinho que me dás?!

Porquê não me chega o mundo a preto e branco que me dás?!
Porque cresci tanto até não caber mais no mundo que queres?!

...seria tão mais fácil...